O mercado internacional é uma excelente oportunidade para a competitividade e para a sustentação das empresas e, independente do porte, todas devem enxergar a internacionalização como perspectiva de negócios. A afirmação é do gerente executivo de Relações Institucionais e Internacionais do Sistema Fiep, Reinaldo Tockus, que participou na última terça-feira, 6 de outubro, do Encontro ‘Internacionalização como estratégia para a retomada do crescimento: um panorama dos negócios paranaenses no comércio exterior’.
O evento, realizado em ambiente virtual, foi uma iniciativa do Sistema Fiep, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN), e do World Trade Center Curitiba em parceria com o Sebrae Paraná e a Invest Paraná, agência de atração de investimentos do governo do Estado. A proposta foi avaliar a internacionalização como estratégia para a retomada do crescimento pós-pandemia.
Mercado aquecido
“A internacionalização ganhou muita força na pandemia. Imaginávamos, em março, que teríamos um impacto duplo no mercado interno e internacional, mas percebemos que o movimento no comércio internacional não só se manteve como aumentou”, disse Tockus. Segundo ele, 2020 vem registrando o maior volume de emissão de certificados de origem da história. “Batemos todos os recordes de maio para cá”, informou. O documento é exigido no processo de exportação para que o importador tenha acesso à isenção de impostos e a Fiep é o maior emissor de certificados de origem do Paraná.
Para Tockus, o aquecimento do mercado internacional de certa forma compensou a quase estagnação percebida em alguns setores internamente, o que prova que apostar no mercado externo é estratégico. “As pequenas empresas acreditam que a exportação não é para elas, mas isso é um equívoco. Basta produzir com qualidade”, esclareceu. Ele informou que o Centro Internacional de Negócios tem uma gama de serviços e uma equipe especializada para dar todo o suporte que as empresas necessitam em seu processo de internacionalização.
A oportunidade que vem com a crise
O assessor da diretoria do Sebrae Paraná, Ricardo Dellamea, alertou para a lacuna de fornecimento que deve haver por parte dos países asiáticos por conta da pandemia. “Isso vai impactar o mercado mundial como um todo, que é dependente do mercado asiático para se abastecer”, observou. O lado bom, segundo ele, é que este cenário abre uma perspectiva para empresas brasileiras se inserirem neste mercado global. “Isso é muito viável. Portanto, é importante ficarem alertas”, frisou.
Para Dellamea, a busca pelo mercado externo faz com que as empresas tenham uma melhora significativa porque acabam tendo que aprimorar produtos, processos e investir em inteligência de mercado. “Tudo isso vai gerando melhores condições de competitividade”, pontuou. Por esta razão, segundo ele, o Sebrae enxerga a internacionalização como uma estratégia de competitividade para micro e pequenas empresas. “O importante é a empresa identificar em que nichos de mercado ela tem vantagens competitivas e onde teria melhores condições de dar certo”, acrescentou.
Invest Paraná
Giancarlo Rocco apresentou a Invest Paraná, um serviço social autônomo, ligado à Secretaria de Desenvolvimento e Turismo, que faz a ponte entre o governo e o empresariado. “Somos a porta de entrada para empresas que buscam se instalar no Estado”, informou, acrescentando que a agência de atração de investimentos também apoia as empresas paranaenses que querem atuar fora do Brasil.
Fonte: FIEP