Com objetivo de conhecer boas práticas ambientais e regulatórias que possam ser replicadas no Paraná, uma comitiva organizada pela Invest Paraná e composta por representantes da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e do Instituto Água e Terra (IAT) visitou órgãos públicos e empresas da Flórida, nos Estados Unidos.
A visita teve foco as experiências locais em empreendimentos sustentáveis e licenciamentos náuticos. Em três dias de missão, de quarta (14) a sexta-feira (16), o grupo passou pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Câmara Brasileiro-Americana de Comércio da Flórida (BACCF), Departamento de Gestão de Recursos Ambientais do condado de Miami-Dade (Derm) e Departamento de Parques do Programa da Baía de Biscayne, além da empresa SOP Technologies.
No primeiro dia, a missão paranaense se reuniu com executivos da Apex e da BACCF para conhecer o cenário econômico e empresarial do estado americano. A economia náutica gera cerca de US$ 64 milhões por ano para a cidade de Miami e região.
Para o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, a Florida é um exemplo de região que soube aproveitar suas características locais para o desenvolvimento de turismo e dos empreendimentos náuticos, o que pode ser usado como exemplo para o Paraná.
“Das praias do nosso litoral ao noroeste do Estado, onde temos uma economia ligada aos empreendimentos náuticos que cresce muito, temos muito a avançar na instalação de empreendimentos náuticos. Esta experiência foi muito rica para as equipes que trabalham com fiscalizações e licenciamentos para que a gente entenda como aproveitar este potencial de forma responsável e sustentável”, disse o secretário.
O diretor de Políticas Ambientais da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Andreguetto, explicou que a ideia deste encontro foi justamente entender o impacto desta atividade e ver o que um condado tão experiente neste setor tem a compartilhar.
“Além de 100 quilômetros de costa litorânea, o Paraná tem uma grande baía de águas interiores e mais de 5 mil quilômetros de áreas navegáveis fluviais. Portanto, é muito importante ter contato com estes exemplos para saber como isso pode ser desenvolvido de forma sustentável”, disse.
Os integrantes da comitiva do Paraná também conheceram as experiências locais de licenciamento de marinas, limpeza costeira e conservação da vida selvagem em áreas litorâneas. Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Sustentável do Paraná, Everton Souza, que liderou a comitiva, também apresentou os trabalhos desenvolvidos no Estado.
Segundo a gerente de Relações Internacionais da Invest Paraná, Bruna Radaelli, a agência têm diversas parcerias internacionais com consulados e câmaras de comércio que ajudam a trazer oportunidades para o Paraná, e Miami se destaca pelo seu forte desenvolvimento náutico, onde o equilíbrio entre crescimento econômico e preservação ambiental é exemplar.
“Essa experiência trouxe insights valiosos sobre como o Paraná pode alavancar seu próprio setor náutico, que tem um enorme potencial a ser explorado, combinando inovação e sustentabilidade para impulsionar o desenvolvimento regional”, destacou a gerente.
No segundo dia de missão, o grupo visitou o Departamento de Gestão de Recursos Ambientais do condado de Miami-Dade (Derm), onde foram apresentados trabalhos desenvolvidos para preservação de recursos naturais, mata nativa, fauna e flora da região, além de sistemas de drenagem e contenção de cheias.
O grupo ainda foi recebido pelo chefe de Desenvolvimento Econômico e Comércio Internacional do Condado de Miami-Dade, Manuel Gonzalez, no prédio do governo local, onde foi apresentado um panorama sobre a estrutura administrativa do condado, a economia de Miami e da região.
Na sequência, no último dia, a comitiva acompanhou os trabalhos dos órgãos locais de proteção ambiental em uma ronda pela Baía de Biscayne e conheceu a operação da empresa SOP Technologies, que trabalha na contenção de folhas, detritos e lixo nos sistemas pluviais da região.
“São órgãos que têm uma larga experiência neste tipo de atividade. O Paraná tem a quarta maior economia náutica do Brasil e uma missão como está é importante para que possamos entender e compartilhar as melhores práticas já executadas pelo mundo”, finalizou Andreguetto.